Algo que tem me surpreendido nesses anos de
trabalho é a constatação de que muitos envolvidos em obras de
pavimentação conhecem pouco sobre usinas de asfalto.
USINAS
MÓVEIS DE DOSAGEM CONTÍNUA
As usinas móveis possuem
pesagem dinâmica individual de cada um dos agregados. Abaixo do silo de
recebimento do material, há correias dosadoras com correções instantâneas de
velocidade de acordo com o peso detectado por uma célula de carga. A dosagem
ocorre de maneira simultânea entre todas as correias com os diferentes
agregados.
Por exemplo, a fórmula
determina que 21% do traço da mistura asfáltica seja de brita zero. O
controlador da Usina vai manter uma velocidade proporcional entre as correias
para que este valor seja mantido. Caso haja problema de alimentação e diminua a
quantidade de agregados, a velocidade de cada correia é automaticamente
diminuída para manter a mesma proporção entre diferentes agregados. Para que
isto ocorra, é necessário todo um processo de calibração na entrega técnica da
Usina.
USINAS
FIXAS DE DOSAGEM DESCONTÍNUA
Já as usinas fixas possuem
pesagem estática dos agregados. O carregamento dos mesmos também se dá por
alimentação através de silos, porém as correias abaixo não possuem função de
dosagem. Estas apenas transportam os agregados até o tambor de secagem. Na
sequência, os agregados são transportados até o alto de uma torre, por onde
caem a um conjunto de peneiras vibratórias. O deslocamento do material durante
a dosagem se faz com auxílio da força da gravidade, sendo esta a origem da
denominação Usina Gravimétrica.
Esta torre possui
quatro compartimentos: zona de classificação com peneiras vibratórias, silos de
dosagem, balança de pesagem e misturador. De acordo com a fórmula estabelecida
para o traço do asfalto, a comporta de passagem de cada silo é aberta até que
se atinja a porcentagem indicada para cada agregado. Esta porcentagem é
detectada pelo silo balança, através da leitura do peso de cada tipo de
agregado. Após a dosagem é adicionado o ligante asfáltico (CAP) ao misturador.
O processo de dosagem é descontínuo pois há interrupção do processo. Este ciclo de dosar, interromper a dosagem, misturar e descarregar o material asfáltico é conhecido como batelada. Embora seja o processo mais preciso, uma usina gravimétrica apresenta dificuldades logísticas para transporte e montagem. Cabe a cada empresa analisar os prós e contras antes de escolher qual é o modelo mais adequado para sua demanda.
Interessante os processos. Gostaria de saber mais sobre calibraçao de usinas
ResponderExcluirótimo conteúdo!
ResponderExcluirOi Juliano!
ResponderExcluirnão sabia que voce mantém um blog! bacana, o conteúdo complementa o material da Wirtgen/Ciber, parabéns!
Olá Carol. Pois é, naquele dia da minha apresentação acabei não falando sobre o Blog. Mas que bom que você achou, hehe. Sempre procuro estar compartilhando algo por aqui também.
ResponderExcluirJULIANO ME CHAMO BERLIM SOU LABORATORISTA E PRESCISO SABER SE A ALGUM MANUAL SOBRE CALIBRAGEM GRAVIMÉTRICA E VOLUMÉTRICA VALEU OBRIGADO...
ResponderExcluirOi. Há um material elaborado anos atrás do Instituto Pavimentar, que organizava cursos mas infelizmente não existe mais. A Petrobrás patrocinava, e depois das falcatruas e roubalheiras na empresa resolveram não patrocinar mais um Instituto que só agregava no conhecimento da pavimentação asfáltica no Brasil. Bom, eu tenho esse material apenas impresso, verifica se você encontra algo pesquisando no Google. Abraço.
ExcluirQuais sas os sensores mais sufisticado ?
ResponderExcluirOlá. Qual sensor você se refere, ao sensor de controle de temperaturas internas?
ExcluirJusto o que eu procurava sobre metrologia
ResponderExcluirBoa tarde. quais são essas aberturas das peneiras vibratórias?
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