quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Tipos de plantas de britagem móvel


Os agregados são insumos básicos em obras rodoviárias, sendo fornecidos para utilização desde as camadas de sub-base até o revestimento asfáltico.  A cadeia de produção e fornecimento ocorre após o minério ser extraído de uma mina, quando os blocos são transportados a um britador para que sejam reduzidos até uma certa faixa granulométrica. Neste processo de redução granulométrica (chamado também de cominuição) há diferentes tipos de britadores que influenciam o tamanho e a forma dos fragmentos do produto final.

A primeira diferença entre britadores é o conceito de planta fixa ou de equipamento triturador móvel sobre chassi e esteiras. Os britadores fixos necessitam da construção de obras civis que servem como suporte de base e de maior tempo de instalação da planta. É preciso planejar também o transporte primário das áreas de detonação até o local de trituração e o fornecimento de energia elétrica para o funcionamento.

Já um britador móvel funciona sobre uma estrutura montada em um chassi e com locomoção por esteiras de aço. Os britadores móveis podem ser posicionados dentro da cava, reduzindo consideravelmente o custo de transporte. Funcionam em série, do primário ao secundário e terciário, e podem ser facilmente transportados conforme o consumo da jazida. São máquinas Dual Power, que podem funcionar tanto por energia elétrica ou pelo motor diesel, o que agrega flexibilidade operacional.




Entre os britadores móveis há diferentes formas de trituração do material, que resultam em produtos finais de granulometria e formatos distintos:

1. Britador de Mandíbulas:

Utilizado como britador primário, recebendo grandes pedaços de rochas vindas diretamente da área de detonação. Por ter capacidade de processar rochas de maior tamanho fornece materiais com a granulometria adequada para as camadas de base. A redução granulométrica ocorre através de compressão, em um compartimento semelhante a uma mandíbula. A taxa de redução é de até 5:1.






 2. Britador de Cone:

A redução ocorre também através de compressão. O giro do cone contra as paredes laterais comprime os pedaços de rochas, gerando materiais de alta cubicidade, ideais para a utilização em misturas asfálticas. Não tem capacidade de receber grandes pedaços de rochas, portanto deve ser posicionado como um britador secundário ou terciário. A taxa de redução é também de até 5:1.





3. Britador de Impacto:

Redução através de impacto contra o dispositivo giratório em alta velocidade. A rocha colide contra o dispositivo, se fragmentando e sendo lançada contra os escudos de aço localizados dentro da câmara. Tem maior versatilidade por sua alta taxa de redução. Melhor opção técnica para processamento de RAP (material asfáltico fresado), pois este material muitas vezes chega em grumos e precisa ser fragmentado. Por ter maior flexibilidade pode ser utilizado como britagem primária, secundária ou terciária. Dependendo do tipo de rocha, pode ter uma redução granulométrica de até 20:1.



4. Peneiras de classificação:

São equipamentos móveis que fazem a separação granulométrica final de agregados através de peneiras vibratórias. São posicionados em frente aos britadores móveis, de maneira a separar as granulometrias finais conforme o desejado.



Tabela resumida dos tipos de britadores e taxa de redução:



Para o planejamento de uma obra rodoviária é preciso avaliar qual é o tipo de material existente na jazida que irá abastecer a obra. Verificar quais são as granulometrias requeridas e a quantidade em toneladas por hora, para que sejam verificados quais tipos de britadores e o porte (produção) dos mesmos, com suas respectivas posições como primários, secundários ou terciários.