Nos países onde há uma melhor
qualidade na construção e manutenção de rodovias, a vida útil estimada para as
respectivas camadas do pavimento são as seguintes:
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Subleito
compactado: de 50 a 100 anos
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Camadas
estruturais de sub-base e base: de 40 a 50 anos
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Camada
asfáltica de binder ou ligação: de 15 a 20 anos
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Camada
asfáltica de rolamento: de 10 a 15 anos
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Rodovias
em concreto: de 30 a 50 anos
Embora os valores pareçam exagerados,
são possíveis de serem atingidos mesmo em um país com uma cultura de má
qualidade nas construções rodoviárias como o Brasil (infelizmente esta é a nossa realidade). Erros de projetos e de execução, além do uso
de material de baixa qualidade, acentuam ainda mais os problemas de conservação
dos pavimentos e de toda a sua estrutura. Alguns cuidados podem melhorar consideravelmente
a vida útil de uma nova rodovia a ser construída:
1) PROJETO: houve
uma sondagem correta do solo antes da elaboração do projeto? Qual foi o
distanciamento padrão entre os furos e a quantidade dos mesmos? As cargas
consideradas para o projeto são condizentes com o volume de tráfego? Há
possibilidade de aumento do volume deste tráfego para o futuro? As camadas
foram dimensionadas corretamente em acordo com o volume de tráfego previsto? O
projeto de mistura asfáltica foi devidamente elaborado de acordo com as
características dos insumos disponíveis no local da obra? É necessário reforçar
a mistura asfáltica com alguma adição em sua composição, por exemplo, com cal,
polímeros, etc?
2) EXECUÇÃO: o
subleito está sendo devidamente compactado? As camadas estruturais de sub-base
e base estão sendo construídas corretamente? A produção da mistura asfáltica é
realizada com qualidade, de forma homogênea e preservando as características
dos materiais? A logística entre usina e obra está bem dimensionada de maneira
a proporcionar uma alimentação constante de materiais? A aplicação da camada
asfáltica na pista é executada com precisão e nivelamento adequado? A
compactação asfáltica é realizada da maneira correta, de forma homogênea e sem
danificar o material?
3) QUALIDADE DOS MATERIAIS: quais são os tipos e as propriedades dos agregados utilizados
nas camadas de base e asfáltica? são provenientes de pedreiras ou estão em seu
estado natural? Quais são as especificações do ligante asfáltico utilizado? Há
controle tecnológico através de laboratório do processo de usinagem asfáltica?
Muitas rodovias acabam sofrendo com o
excesso de carga aplicada, superando os valores para o qual foram projetadas,
especialmente em países como o Brasil onde há uma predominância do transporte
rodoviário pesado. Para estes casos, a Reciclagem de Asfalto é a solução técnica para promover o reforço estrutural de forma
rápida e com reaproveitamento de 100% do material existente, adicionando
cimento e/ou espuma de asfalto com o objetivo de melhorar as características da
camada quanto a capacidade de suporte e resistência a forças de flexão.
Ola Juliano, tudo bem? Vc ja viu a aplicação de escória de aciaria e cinzas pesadas de termoelétricas na composição da mistura? É possível aliar as vantagens econômicas destes agregados com uma qualidade e durabilidade similar ao padrão digamos assim?
ResponderExcluirOlá Filipe. Eu nunca acompanhei em campo, mas já vi apresentações em alguns seminários técnicos. Interessante ter mais estudos a respeito, se estes materiais podem ser aproveitados e reduzir custos agregando qualidade.
ExcluirBoa tarde, poderia me informar ou enviar de qual bibliografia você conseguiu estas informações?
ResponderExcluirBoa tarde. Foram anotações feitas em congressos técnicos internacionais, infelizmente não anotei todas as referências.
ExcluirBom dia. perdão de onde provem esta informação qual é a fonte
ResponderExcluirOlá. Fonte foram seminários técnicos de pavimentação que frequentei, tanto no Brasil quanto no exterior. Não tenho comigo qual foi a fonte que eles utilizaram. Abs
ExcluirPor favor. de onde pegou esta informação. qual é a fonte
ResponderExcluirOlá Juliano. Gostaria de saber se existe um manual sobre todos os defeitos ou patologias que ocorrem na rodovia proveniente de mau uso de equipamento ou compactação. Problemas ocorridos devido a imperícia dos responsáveis.
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