sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Maquinário e procedimentos de qualidade


Este vídeo no Youtube mostra uma aplicação de recuperação asfáltica na Inglaterra. Resume bem a razão pela qual o nosso asfalto no Brasil em geral não tem qualidade em função de equipamentos e procedimentos utilizados:

 
Tudo começa por equipamentos de qualidade. Por aqui, carroças e peças de museu operam em obras de pavimentação e recapeamento. É muito comum se deparar com verdadeiras latas-velhas executando a aplicação de um novo asfalto.

O segundo ponto é a produtividade dos trabalhadores. Em obras brasileiras é comum ter DEZENAS de operários subutilizados. Começando pelos tais rasteleiros, que existem unicamente em razão da má operação da mesa da vibroacabadora, fazendo com que o material asfáltico ultrapasse a largura de pavimentação e haja a necessidade de “varrer” o material excedente. Neste vídeo não aparece um grande número de operários ociosos como ocorre no Brasil (exemplo na foto abaixo).


Na sequência, o vídeo mostra “uma máquina que retira o asfalto velho”. Trata-se das Fresadoras de Asfalto. Em muitas obras pelo Brasil o asfalto novo é simplesmente colocado sobre o pavimento antigo, sem a remoção do mesmo. As trincas e fissuras do pavimento deteriorado acabam se propagando para a nova camada asfáltica.
Embora não apareça no vídeo a aplicação do novo asfalto, no dia seguinte a via já está liberada para o tráfego.
A usinagem do asfalto é tão importante quanto a aplicação na pista. Erros na fórmula do asfalto e em todo o processo de produção da mistura acarretam também na degradação precoce do pavimento.
Tudo isto é possível de ser aplicado no Brasil? Com certeza sim.
O que falta? Vontade política. Os órgãos responsáveis devem especificar as exigências, elaborando projetos de qualidade e fiscalizando a execução.

Como elaborar projetos de qualidade? Se não há conhecimento técnico dentro dos órgãos públicos, investir em consultoria e treinamentos resultaria em um ótimo retorno e um melhor aproveitamento da verba pública.