Este vídeo no Youtube mostra uma
aplicação de recuperação asfáltica na Inglaterra. Resume bem a razão pela qual
o nosso asfalto no Brasil em geral não tem qualidade em função de equipamentos
e procedimentos utilizados:
Tudo começa por equipamentos de
qualidade. Por aqui, carroças e peças de museu operam em obras de pavimentação
e recapeamento. É muito comum se deparar com verdadeiras latas-velhas
executando a aplicação de um novo asfalto.
O segundo ponto é a produtividade dos
trabalhadores. Em obras brasileiras é comum ter DEZENAS de operários subutilizados.
Começando pelos tais rasteleiros, que existem unicamente em razão da má
operação da mesa da vibroacabadora, fazendo com que o material asfáltico
ultrapasse a largura de pavimentação e haja a necessidade de “varrer” o
material excedente. Neste vídeo não aparece um grande número de operários ociosos
como ocorre no Brasil (exemplo na foto abaixo).
Na sequência, o vídeo mostra “uma
máquina que retira o asfalto velho”. Trata-se das Fresadoras de Asfalto. Em
muitas obras pelo Brasil o asfalto novo é simplesmente colocado sobre o
pavimento antigo, sem a remoção do mesmo. As trincas e fissuras do pavimento
deteriorado acabam se propagando para a nova camada asfáltica.
Embora não apareça no vídeo a
aplicação do novo asfalto, no dia seguinte a via já está liberada para o
tráfego.
A usinagem do asfalto é tão
importante quanto a aplicação na pista. Erros na fórmula do asfalto e em todo o
processo de produção da mistura acarretam também na degradação precoce do
pavimento.
Tudo isto é possível de ser aplicado
no Brasil? Com certeza sim.
O que falta? Vontade política. Os
órgãos responsáveis devem especificar as exigências, elaborando projetos de
qualidade e fiscalizando a execução.
Como elaborar projetos de qualidade?
Se não há conhecimento técnico dentro dos órgãos públicos, investir em
consultoria e treinamentos resultaria em um ótimo retorno e um melhor
aproveitamento da verba pública.